sábado, 12 de julho de 2014

Policiais de São Gabriel RS em ação.






SEGURANÇA E SOLIDARIEDADE: MILITARES DA PATAMO COMBATEM O CRIME EM ITAQUI E ENCONTRAM TEMPO PARA AJUDAR AS FAMÍLIAS ATINGIDAS PELA CHEIA DO RIO URUGUAI.

capa - patamo 3
patamoPoliciais Militares de São Gabriel reforçam o contingente que, desde a semana passada, chegou ao Município de Itaqui para impedir furtos e arrombamentos as residências atingidas pelas cheias do Rio Uruguai. O grupo formando por integrantes da PATAMO deverá ficar até segunda-feira na fronteira com a Argentina. No mesmo dia, outros integrantes do policiamento gabrielense deverão chegar a região alagada para compor equipes de apoio a segurança.
O PM Bonilha disse que as ocorrências foram reduzidas com a chegada do policiamento a cidade. Mas, antes, a situação chegou a preocupar a população.  Em meio a cheia, moradores se reuniram em frente a casas alagadas na noite de sexta-feira (04/07) para assar carne e evitar que ladrões furtassem seus pertences.
“O motivo é cuidar nossa residência. O efetivo é fraco e não dá conta de todo o movimento. E o pessoal alheio está tentando levar as coisas, estão roubando. Hoje à tarde ficamos aqui durante o jogo do Brasil e quatro pessoas foram corridas tentando roubar”, afirmou Henrique, um dos organizadores do churrasco.
O reforço policial amenizou a situação e levou para Itaqui solidariedade. Com recursos próprios, os PMs compraram bolachas, wafer e doces e distribuíram para as crianças. Em uma região mais afastada do centro, na zona ribeirinha, mais de 180 pessoas estão isoladas. Destas, 40 são crianças. “Fizeram uma vaquinha do próprio bolso e compraram regalos para as crianças atingidas pela enchente em Itaqui. Um pouco de alegria aos pequenos. Parabéns bravos. Atitudes como esta os enaltece cada vez mais perante o Supremo Comandante”, comentou o responsável pela PATAMO, tenente Adriano Veras Silva através de uma rede social.
Nesta sexta-feira (11/07), conforme a água do Rio Uruguai diminui, a destruição vai aparecendo pela cidade. Casas inteiras foram destruídas e o que restou está em meio a lama. Alguns aproveitaram o dia de sol para limpar as casas e começar a voltar para as residências.
capa - patamo 4De acordo com a Defesa Civil, cerca de três mil pessoas já voltaram para casa em Itaqui, mas sete mil permanecem fora. O rio já baixou quase três metros e nesta sexta, está em 10,8 metros acima do normal. O serviço da balsa que faz a travessia de Itaqui a cidade de Alvear, na Argentina, ainda não tem previsão de reiniciar.
De acordo com o último relatório da Defesa Civil divulgado às 11h desta sexta, 14.411 pessoas estão fora de casa no Rio Grande do Sul em razão das chuvas. O estado tem 163 municípios afetados pela enchente. As prefeituras de 135 cidades decretaram situação de emergência.
Na quinta, o governo federal publicou no Diário Oficial da União o decreto que reconhece a situação de emergência de 124 municípios do Rio Grande do Sul e de calamidade pública nas cidades de Iraí e Barra do Guarita. A partir da publicação, o repasse de recursos federais será permitido para os municípios atingidos. Entretanto, os valores ainda não foram definidos. O governo do estado pediu R$ 19 milhões para todas as cidades envolvidas.
De acordo com dados da Defesa Civil, são 13.272 desalojados, que foram para casas de amigos ou familiares, e 1.139 desabrigados, levados a ginásios ou abrigos pelo poder público.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Feliz dia do Radioamador.



 Feliz Dia do Radioamador! 5 de Novembro !
Feliz Dia do Radioamador ! A todos os Colegas e Amigos um Forte 73 !
Att
James Oliveira
PU3-SLC –Caçapava –RS
 
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Dia 05 de Novembro dia do Radioamador.



 ....   
DIA DO RADIOAMADOR – 05 DE NOVEMBRO
 
                 A necessidade inerente aos seres humanos de se comunicar o mais rápido possível levou, em 1835, Samuel Morse a criar um código, que através da interrupção da corrente elétrica com intervalos curtos (pontos) e longos (traços) tornaria possível a comunicação remota entre indivíduos, nascendo a telegrafia, em inglês CW. Este código em homenagem ao seu criador é denominado Código Morse.

                     Com a criação em 1906, nos Estados Unidos da América, de uma rede telegráfica costeira para tráfego operacional, seus operadores, em momentos de folga, a usavam para conversação informal. Esta atividade cada vez mais intensa podemos citar como o início da atividade radioamadorística em telegrafia, que só foi regularizada uma década após.
 
               A comunicação através da palavra humana utilizando as ondas eletromagnéticas de rádio foi inventada pelo brasileiro Padre Roberto Landell de Moura. Convém citar que o rádio inventado pelo italiano Guglielmo Marconi só transmitia e recebia sinais de telegrafia, aqueles criados por Morse.
 
              Alguns autores citam que o gaúcho Landell de Moura começou suas experiências a partir de 1893/4 ainda não comprovado, porém comprovadamente efetuou uma demonstração pública acompanhada, inclusive, por autoridades estrangeiras, no dia 03 de junho de 1900, na cidade de São Paulo, feito noticiado pelo ‘’Jornal do Comércio’’ de 10 de junho de 1900:
 
            ‘’ No Domingo próximo passado, no alto de Santana, cidade de São Paulo, o Padre Landell de Moura fez uma experiência particular com vários aparelhos de sua invenção, no intuito de demonstrar algumas leis por ele descobertas no estudo da propagação do som, da luz e da eletricidade através do espaço (...), as quais foram coroadas de brilhante êxito (...) assistiram a esta prova, entre outras pessoas, o Sr. P.C.P. Lupton, representante do Governo britânico, e sua família’’.
 
              As autoridades brasileiras de então e a imprensa não deram valor as experiências de Landell de Moura. Como foi ressaltado pela imprensa no jornal “La voz de España”, editado em São Paulo, do dia 16 de dezembro de 1900. Isto, porém nada o desanimou, sendo que em 09 de março de 1901 obteve para os seus inventos a patente brasileira n° 3.279 e em 11 de outubro de 1904, após muito sacrifício pessoal, a patente n° 771.917, do ‘’The Patent Office of Washington’’, para um transmissor de ondas; em 22 de novembro de 1904, patente n° 775.337 para um telefone sem fio e a de nº 775.846 para um telégrafo sem fio.
 
              As anotações feitas por Roberto Landell de Moura por ocasião de seus estudos e experimentos foram minuciosamente estudadas pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, da antiga TELEBRÁS, tendo se concluído pela validade de suas teorias. Este centro leva o nome de Padre Landell de Moura. Os originais destas anotações estão guardados no Museu Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.
 
             Seus estudos e seus inventos levaram a aparecer outros brasileiros que desejavam transmitir e receber a voz humana emitida de locais cada vez mais distantes. Surgem desta forma os primeiros radioamadores e por não ser uma atividade regulamentada eram considerados clandestinos.
 
             São Paulo e Rio de Janeiro foram os primeiros Estados do Brasil a possuírem radioamadores, seguidos do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco e Pará.
 
             Pesquisas nos indicam que o primeiro radioamador brasileiro foi Lívio Moreira, em 1909. Ele era telegrafista profissional do Departamento de Correios e Telégrafos. Usava o indicativo SB-3IG.
 
             Mais tarde em 1922 surgiu Demócrito Seabra que usava o indicativo SB-2AJ, Seu cartão ostentava as letras WS, abreviatura “wireless station”, nome pelo qual eram denominadas as estações que operavam a bordo de navios. Pouco antes de Demócrito surgiu José Jonotskoff de Almeida Gomes, que operou a estação de “broadcasting” da Westinghouse, instalada no Alto do Corcovado, no Rio de Janeiro, de onde transmitiu, em 1922, numa demonstração, para o recinto da Exposição do Centenário da Independência do Brasil.
 
             Verificamos que o Radioamadorismo existia no Brasil desde 1909, mas não era regulamentado, naquela época eram perseguidos pelas autoridades, por serem considerados clandestinos em uma atividade que era considerada privativa do Estado, particularmente das Forças Armadas.
 
              Em 05 de novembro de 1924, ou seja, exatamente há setenta e sete anos passados, o Governo Brasileiro pelo Decreto n° 16.657, que passou a legislar sobre o Serviço de Radioamadorismo, reconhece o Radioamadorismo, tirando da clandestinidade os seus praticantes e obrigando-os a submeter-se a exames para obter a sua licença.
 
             Os primeiros exames foram realizados pelo antigo DCT em janeiro de 1925, no Rio de Janeiro, e em fevereiro de 1926, em São Paulo.
 
             Na década de trinta surgem no Brasil duas entidades reunindo estes praticantes: uma em São Paulo e outra na Capital da Republica, o Rio de Janeiro, sendo que em 02 de fevereiro de 1934 estas se uniram e foi criada a LIGA DE AMADORES BRASILEIROS DE RADIOEMISSÃO – LABRE, hoje Confederação Brasileira de Radioamadorismo, como a legitima e única representante dos radioamadores brasileiros, tanto no âmbito nacional como internacional, até os dias de hoje.
 
             Em 29 de junho de 1943, pelo Decreto-Lei nº 5.629, o Governo Brasileiro considerando o trabalho desenvolvido por estes abnegados concidadãos, que sempre que são chamados a colaborar estão prontos e não medem esforços para melhor o fazer, considera os radioamadores reservistas do Exército e da Aeronáutica, reserva especial da Forças Armadas, dando-lhes algumas regalias e considerando a sua entidade, a LABRE, como Associação Civil de Utilidade Pública.
 
             Os tempos passam, as ciências evoluem, mas os Radioamadores continuam a ser aqueles experimentadores científicos e de suas atividades novos inventos vem trazer melhorias para a humanidade.
 
             O correio eletrônico da Internet de hoje nada mais é que uma decorrência das rudimentares estações de ‘’packet radio”, ou simplesmente estações de radio pacote.
 
Muitos gostam de afirmar que a evolução da informática fez diminuir o desenvolvimento do Radioamadorismo, não somos seguidores desta afirmativa muito pelo contrário, aceitamos dizer que esta evolução veio complementar a atividade radioamadorística.
 
O dia 5 de Novembro  foi escolhido para ser  comemorado o Dia do Radioamador Brasileiro por uma decisão unânime do antigo Conselho Federal da LABRE, como preito de gratidão ao Presidente Arthur Bernardes pelo seu Decreto de 1924.
 
          RADIOAMADORISMO é  CIÊNCIA,   ESPORTE e  CULTURA.
 
Ciência: pelos constantes estudos, experimentos e pesquisas dos seus praticantes e, principalmente, pela difusão ininterrupta e constante de seus resultados no nosso próprio meio e mesmo no mundo científico.
 
Esporte: pelas diversas competições existentes, seja de âmbito municipal, estadual, nacional ou internacional, ocasião em que se confrontam esportiva e lealmente indivíduos de todas as camadas sociais e profissionais das sociedades nacional ou internacional. Não se espantem se em breve o radioamadorismo vier a se constituir em uma das modalidades olímpicas.
 
Cultura: pela troca constante de informações das mais diversas naturezas entre seus praticantes, sem, contudo serem abordados assuntos religiosos, políticos e comerciais, salutar entretenimento em que fala sobre a sua localidade (bairro, município, região e país), sua gente, seus costumes, sua língua, seus divertimentos, seus monumentos, seus fatos históricos, sendo que no ano passado, juntamente com a sua co-irmã portuguesa, a Rede de Emissores Portugueses – REP, a LABRE instituiu e distribuiu um maravilhoso diploma comemorativo dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, com a colaboração do Senado Brasileiro.
 
Podemos afirmar que os praticantes do Radioamadorismo são a melhor e a mais barata mão-de-obra que o País pode contar para complementar ou até mesmo suprir as suas necessidades de comunicações, haja visto a recente Portaria nº 302, de 24 de outubro próximo passado, do Ministério da Integração Nacional criando a Rede Nacional de Emergência de  RadioamadoresRENER, como parte integrante do Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC, que breve será regulamentada, para tal foi criado um grupo de estudos constituído por integrantes da Defesa Civil e da LABRE.
 
  
Sinto-me envaidecido de estar aqui representando a única entidade reconhecida nacional e internacionalmente como a legitima representante dos radioamadores brasileiros, a LABRE, em nome da qual agradeço a gentileza dos Excelentíssimos Senhores Deputados da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo que com esta Sessão Solene homenageiam àqueles que têm como sentimento maior a preocupação no servir, sendo a sua máxima  ‘’QUEM NÃO VIVE PARA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER”.
 
Salve o BRASIL. Salve a LABRE. Salve os RADIOAMADORES BRASILEIROS. Assim se expressavam os antigos radioamadores ao término de suas transmissões.  Muito obrigado.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES INDEPENDENTES DOS SERVIDORES DE NIVEL MÉDIO DA BRIGADA MILITAR É RECEBIDA PELO CHEFE DA CASA CIVIL.

Casa Civil diz que aceita dialogar
Ontem à tarde, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, recebeu a direção da Federação das Entidades Independentes dos Servidores Militares Estaduais de Nível Médio da Brigada Militar do Rio Grande do Sul.

Conforme nota da Casa Civil, distribuída no começo da noite, "a entidade afirmou sua disposição de dialogar e construir, junto com o governo do Estado, uma alternativa para a solução do impasse por conta das manifestações por reajuste salarial para os servidores da BM".

A Casa Civil informa, ainda, que o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto de Abreu, está trabalhando intensivamente para que o processo de construção de política de valorização dos servidores da BM não seja interrompido, especialmente em função de manifestações isoladas e em desacordo com o clima de civilidade que tem pautado as reuniões entre entidades sindicais e governo do Rio Grande do Sul

quarta-feira, 27 de julho de 2011

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COLUNA DO MÁRIO KEITERIS - PY 2 M X K

Escritor e radioamador veterano


A HISTÓRIA DO RECEPTOR DE RÁDIO CONTADO PELO PRÓPRIO Autor :Mário Keiteris - PY2 M X K
Em primeiro lugar, permita-me que me apresente. Meu nome completo, como figura nos grandes tratados técnicos que sobre mim tem escrito é : RECEPTOR DE RÁDIO DE DIFUSÃO SONORA, porem pela extensão da minha dilatada existência, os seres mais próximos, meus queridos ouvintes, me chamam de rádio, simplesmente rádio. Nasci e estou fazendo agora mais de 100 anos e vejam vocês como são as coisas : estava destinado a ser algo parecido com o telefone móvil. Não lhes parece uma vulgaridade? Afortunadamente para mim, as coisas mudaram, e já vê até onde cheguei. Porem vamos por partes : Tudo começou quando uns quantos loucos homens da ciência, empenharam-se em projetar um telegrafo que não necessitasse do emprego de cabos ou fios para receptar pontos e traços do Código Morse desde lugares muito distantes, e inclusive desde o mar. E conseguiram sim senhor; e chamaram o invento de telégrafo sem auxilio de fios, ou algo assim. Porem não se conformaram com isso, os celebros bem pensantes seguiram bem pensando (que por isso são cientistas), e pensaram, se somos capazes de transmitir pontos e traços, poderíamos fazer o mesmo com os sons? Dito e feito, puseram as mãos a obra. Pois o telefone que já estava inventado nesta época, vejam vocês por onde, também necessitava de enfadonhos e incômodos fios e cabos para unir entre si dois interlocutores, e apenas conseguia transmitir sons em dois sentidos. E se conseguise transmitir sons em duas direções através do éter? Recordo-me de haver escutado de um velho professor de Física : “ A que se falar do espaço”, o problema estava a ser resolvido; e o resolveram , sim senhor. Porem a coisa não parou por ai, não. O telefone com fios ou sem fios , permite a comunicação entre as pessoas, porem? ... se projetasse-mos um sistema que consiga que uma voz ou um som seja escutado a distância com muitíssimas pessoas por vês?. Ai foi quando eu apareci, o penúltimo elo de que os comunicadores chamam de cadeia comunicativa, da qual você, meu querido ouvinte é o destinatário, desde aquele dia em que, como diziam aquelas antigas campanhas publicitárias “ coloque um rádio em sua vida para ter alegria em seu lugar”. No principio, meus circuitos, minhas tripas (quantas vezes senti a ação daninha dos destripadores que aprendiam as minhas custas), ou para ser moderno, meu hardware diriam os informáticos, eram muito sensíveis e sobre tudo ecológicos, o meu querido ouvinte, leitor, tem lido, bem certo, eu disse ecológico : fixe-se uma simples bobina de fio de cobre, um auscultador (hoje auricular), e uma pedra de galena eram suficientes para levar a qualquer canto os sons que se produziam a kilometros de distância, ... e tudo isso sem consumir energia elétrica nenhuma. Então me chamaram de rádio galena, e, para variar deixaram apenas galena.
Para dar a partida naqueles anos era divertidíssimo, pois era necessário ir tocando uma pedrinha de galena com uma espécie de agulha (que as vezes parecia um bigode de gato), ate conseguir escutar algo através dos auriculares negros, como esses que seguramente terás visto em algum filme antigo, posto em forma de coifa sobre a cabeça das operadores de telefones. Imagine esta cena : plano geral de uma mesa em uma sala de jantar, em torno da qual seis pessoas, com seus respectivos auriculares colocados, estando em absoluto silencio, observavam o “expert”, que cutucava a pedra de galena, ate que de repente, todos num sobressalto soltavam um, ahi! ahi!, e tornavam a ficar quietos novamente, porem agora escutando música e noticias vindas de muito longe . eram os anos 20. Já passou muita água por baixo da ponte desde então, também temos que reconhecer que ultimamente, que houve algumas secas. Porem a ciência adiantava-se uma barbaridade (quantas vezes já vibraram os cones dos meus alto falantes, e das membranas dos auriculares com as vozes dos locutores e cantores famosos, e chegam as válvulas termiônicas, as válvulas, para entender-mos melhor, que a parte de colocar um pouco de calor em meu interior, permitiam escutar mais alto e mais claro aquelas vozes que chegavam de tão longe. Os auriculares foram substituídos por uma espécie de trombetas ou buzinas que permitiam escutar as emissões em toda a casa, sem o emprego das antiestéticas coifas de auscultadores (hoje auriculares). O galena desapareceu, e para sintonizar bastava girar um simples botão. Meus circuitos alimentavam-se com baterias cheias de liquido acido, que punha tudo a perder, e tinha que recarregar periodicamente. Novo problema que teve que ser resolvido. A solução chegou com a implantação progressiva da rede elétrica por fios, que permitiu que um simples cabo elétrico me fornece-se a energia necessária para colocar-me em funcionamento; no interior e nas partes das cidades que não havia corrente elétrica, me alimentavam com pilhas ou baterias cada vês mais modernas. Com tudo, eu não era mais que uma serie de válvulas e alguns botões colocados dentro de uma caixa de madeira. Qualquer relação com conceitos estéticos não passava de pura e mera coincidência; vemos que tinha pinta de artefato. Menos mal que alguém pensou e assim começaram a projetar-me como um móvel, no qual colocaram meus componentes. Com o fim de não romper com os primeiros projetistas, que eram muito conservadores, digo que basearam-se na estética do meu avo, o gramofone, afinal, eu era similar : tinha um sistema que captava sons (como a cápsula do gramofone), e outro que os reproduzia (um alto falante que tinha a forma de buzina, como o gramofone), porem pouco a pouco as coisas foram mudando. Começaram por ocultar minhas válvulas, fechando minhas entranhas em um chassis metálico que ate tinha chave. A buzina foi modernizando-se pouco a pouco, foi-se transformando em um alto falante muito parecido com os de hoje em dia e era colocado a parte, como um sonofletor de um equipamento HI-FI atual. Já nos anos trinta, meu alto falante foi incorporado no mesmo móvel com o resto dos meus componentes, aproveitando desta forma as propriedades acústicas do recinto, que melhoraram consideravelmente a audição. Para que o som passasse livremente, e o pó não penetra-se livremente recobriram com um tecido caustico não absorvente com relação ao som, com projetos especiais para as principais marcas. Para decorar meus móveis empregaram todos tipos lacas e vernizes, embelezadores dourados e prateados, luzes que iluminavam a escala graduada na qual sintonizava-se as distintas emissoras.... O móvel adquiria formas das mais variadas, retangulares, em forma de lapide, de arco romântico ou gótico, ( então de capelinha me chamavam), quadradas ou de outras formas mais complicadas. Inclusive os americanos que são muito patriotas projetaram caixas com a figura do Mickey, e com o edifício Empire State. Os meus ouvintes de antigamente gostava, como vocês, de navegar, pêlos caminhos do rádio; para isso eles deslocavam ou giravam uma agulha sobre um cristal iluminado, que chamaram de “dial”, sobre o qual apareciam os nomes das distintas estações mundiais. As pessoas chamavam de escalas falantes que lhes permitiam sonhar : que essa musica, ou essa voz que escutavam, quase sempre no período da noite, procedia de Paris, Hannover, Londres etc., nos trazia noticias da Europa imersa em plena guerra. Nos anos quarenta e cinqüenta, vivi minha época de esplendor. Meus circuitos aperfeiçoaram-se, pois com tantas emissoras resultava difícil separar uma da outra, e a técnica teve que fazer seu serviço. Os meus primitivos projetos, que com certa vergonha reconheço, produziam ruídos e sibilados em demasia, porem isso não foi o pior, : esses ruídos adentravam nos receptores dos vizinhos e interferiam a sua própria recepção : “Vizinho você esta interferindo no meu rádio” gritava na porta da rua. Se a reação ou a realimentação era o principio em que baseava-se o meu funcionamento e tinha seus inconvenientes. Na corrida houve a construção de circuitos mais perfeitos, participaram as mais importantes marcas internacionais, dois terminaram como finalistas. O sistema de radiofreqüência sintonizada ou a superindutância e o superheterodino que resultou como o ganhador. As estações que eu recebia naqueles anos eram emitidos da Europa e Estados Unidos nas bandas de ondas longas, ondas médias, ondas curtas. Eram transmissões com suficiente alcance, porem, tinham um problema serio, a qualidade musical que era oferecida era escassa. A técnica supostamente dando um novo passo tecnológico, deu um passo para traz, com a finalidade de recuperar um sistema de transmissão que já estava inventado, porem em desuso, a modulação em freqüência, o FM. Eram os últimos anos da década de cinqüenta, e algo importante estava a ponto de ocorrer. Porem antes de prosseguir, vamos recapacitar um pouquinho. Ate este momento, meu aspecto e meu hardware foi-se diversificando-se, adaptei-me aos automóveis, convertendo-me desta maneira em fiel companheiro de viajem. E não era fácil conseguir escutar-me com clareza dentro daqueles grandes e ruidosos veículos. Também me fiz portátil, ate agora desde a perspectiva que me dão os anos, posso esboçar um sorriso recordando aquelas pesadas armações, que chamavam de portáteis porque simplesmente colocaram umas alças e em certas ocasiões uma capa protetora. Pouco a pouco meu tamanho reduziu-se e posso acoplar-me mais próximo de vocês, estimados ouvintes, comecei a ocupar um lugar no seu criado mudo, e na sua cozinha (nem posso imaginar como acumulava-se gordura no meu interior. Porem aquelas, longe de ser prejudicial, atuava como conservante e protetor da minha estrutura; Parece incrível como podia colocar cinco válvulas em um espaço tão reduzido. Por outra parte, minha fabricação em serie sofreu uma importante modificação em estes anos. A madeira, componente principal do móvel que me continha, começou a ser substituída por uma pasta escura, dura, moldável e resistente ao calor chamada de baquelita, mais tarde de plástico. Desta maneira, mediante um simples moldado, era possível obter receptores clonicos, pois se você, se da conta, não existem aparelhos feitos em madeira inteiramente idênticos, varia o tom do verniz, o desenho da madeira... Porem com o baquelita ou de plástico tudo é diferente. Ademais os de baquelita ou plástico podem ser pintados, e o meu aspecto adaptou-se aos novos tempos. Assim estavam as coisas, quando puseram-se a transmitir em Freqüência Modulada, ou FM, eu tenho a certeza de que você o conhece. Claro esta, eu fui pego de surpresa, pois meus circuitos de então não permitiam receptar tais estações já você verá como esse processo voltará a repetir-se dentro de alguns anos. Como os bolsos da população não estavam preparados para renovar o parque de receptores pré existentes em nosso pais, pois em principio foi ditadas normas que obrigavam a que os novos receptores estivessem adaptados para a recepção em Freqüência Modulada, foi fabricado um aparelho chamado “fremodino”, um pequeno rádio que somente servia para sintonizar em FM, e que, devidamente conectado nos meus circuitos, permitia escutar pelo meu alto falante as ditas estações. Passaram os anos e estávamos nos últimos anos cinqüenta, quando foi produzido um descobrimento importantíssimo que iria revolucionar o mundo da eletrônica, e com ele a minha tecnologia. Nascia o Transistor. Um dispositivo de pequeno tamanho, capaz de realizar as mesmas funções que as minhas válvulas, porem a frio e com um consumo de energia muito baixo. Em poucos anos, nos primeiros dos sessenta, já circulavam por todo o mundo os primeiros receptores transistorizados, os receptores a transistores, eram tão pequenos que podiam ser levados no bolso. Funcionavam com pilhas, de voltagens distintas segundo o tamanho do aparelho e tinham um som característico, muito distinto ao que se produzia com válvulas termiônicas, porem aceitáveis para o fim em que foram projetados, agora eu posso ir com você a onde queiras, de passeio, no futebol, em sua viajem ou na tua mesa do escritório. Os transistores incorporaram-se a meu hardware, começaram a fabricar-me em todos os tamanho imagináveis, capazes de funcionas ligado na rede elétrica como com pilhas, com conexão para auriculares com a finalidade de não molestar o próximo.... porem a revolução continua em marcha, e havia que seguir adaptando-se aos novos tempos. Meu futuro como aparelho a válvulas estava próxima do final, prosseguia a fabricação de aparelhos a válvula, pois a qualidade do som produzido era muito superior ao dos transistores... porem com o fim da década de sessenta, meus circuitos perderam o calor ao ser substituídos definitivamente pêlos frios transistores. Com tudo isso, a Televisão já me havia deslocado da minha área de preferência na sala da casa, já tinha sido descoberto gravador de fitas cassete. Por isso rapidamente incorporaram o gravador de fita cassete a minha estrutura, e nascia o rádio cassete, gravador que para variar , chamou-se popularmente de radiocassete, e adotou todas as formas havidas e por haver, projetaram modelos para os automóveis, outros com alto falantes separados para se ouvir melhor as transmissões ou gravações estereofônicas, miniaturas para que me levassem preso a cintura, o walkman que já é bem conhecido; meus circuitos aperfeiçoaram-se, o dial transformou-se em digital, e tem vida própria, pois a transmissão em Freqüência Modulada permite que enviem-se mensagens da estação, mediante o Radio Data System o RDS. Também os reprodutores de discos compactos (CD), os “mini disk”, e os reprodutores de MP3 incorporaram-se a minha estrutura, estrutura da qual hoje sou uma parte, porem essencial, já que sou a única que funciona livre, não necessito de discos nem fitas para acompanha-lo apenas com o meu som, como antes e como sempre. Um dia destes estávamos caminhando, e levando-lhe as ultimas noticias, quando pouco depois do meio dia meus circuitos sobressaltam com uma noticia que me afetava mais do que diretamente. Acabaram de outorgar as primeiras licenças para a nova radiodifusão digital, Digital Audio Broadcasting o DAB. De novo me senti vivo, agora, de novo, terão que adaptar novamente todos os meus circuitos para permitir a você, amigo ouvinte, sintonizar as novas estações; dizem por ai que, durante um longo tempo continuarei com as minhas queridas bandas de AM e FM, creio que este é o principio do seu fim. O futuro, o meu futuro, acaba de chegar, porem longe de ser negro, possui excelentes perspectivas. Haverá que substituir a agulha do “dial”, por estes estranhos menus interativos, como os da WEB da Internet, para escutar o que desejas a cada momento, agora serei para você um rádio a lá carte, e seguirei, como sempre, a seu lado, sem pedir-lhe, como sempre, nada de retorno.
Mário Keiteris - PY2 M X K
Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, pôr agora despeço-me com um forte e cordial 73.


NOSSO INFORMATIVO É NOTICIA

TESTEMUNHO DO BAZAR DO RÁDIO

Recomendo o Bazar do Rádio a todos radioamadores pela sua eficiência e dinâmica. Em menos de um mês consegui vender meu Icom IC 718, através do sistema de venda gerenciada pelo Dr. Leonas. Destaco, também, a honestidade e a competência do Dr. Leonas Keiteris. Mais uma vez pude contar com o Bazar do Rádio e mais uma vez fui bem sucedido. Parabéns, Dr. Leonas!!!

De: Júlio César Amaral Spírito


E OS RADIOAMADORES OUTRA VEZ
Las Vegas e Rio de Janeiro tem sido dois dos últimos cenários onde os radioamadores tem-se destacado nas noticias por sua ajuda em situações difíceis.
LAS VEGAS, U. S. A. A cidade dos cassinos americanos, tão moderna e tão futurística, faz algumas semanas ataz houve inundações severas, e os únicos que puderam comunicar-se foram os radioamadores veja em :
http://www.lasvegassun.com/news/2010/dec/28/sandoval-briefed-states-emergency-plan-after-flood/

RIO DE JANEIRO, BRASIL a Defesa Civil de Nova Friburgo Brasil, fizeram publico seu reconhecimento a um grupo de radioamadores locais que ajudaram e coordenaram os resgates nas primeiras horas nos recentes deslizamentos de terra e inundações no Rio de Janeiro. Noticia que pode-se ver na web da BBC de Londres.
“ Sem a ajuda dos radioamadores não poderia ser feito nada nos primeiros dias “ afirmou um dos responsáveis da Defesa Civil chamado Roberto Robadey.
A história em : http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-12200299


VEJA A REPORTAGEM DO JORNAL DA GLOBO SOBRE O PADRE LANDELL DE MOURA

Veja a interessante reportagem sobre o nosso Patrono, Padre Roberto Landell de Moura, Link para a reportagem do Jornal da Globo sobre o Padre Landell de Moura : http://www.youtube.com/watch?v=hhr74LlrPsE

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ANATEL e a P. R. F. combate o uso de aparelhos de radio transmissão em vans Em uma operação conjunta entre a Anatel e a Policia Rodoviária Federal, prendem cinco motoristas de vans no Rio de Janeiro

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/06/prf-combate-o-uso-de-aparelhos-de-radiotransmissao-em-vans.htmlhttp://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/06/cinco-motoristas-de-vans-sao-presos-em-operacao-da-prf.htm
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COLUNA DO LEO PY2MOK NA RÁDIO APARECIDA

RADIOAMADORISMO NA RÁDIO APARECIDA


A Coluna do LEO PY2MOK pode ser ouvida no Programa Encontro Dx de Cassiano Macedo & J. Moura, nestas freqüências de ondas curtas da Rádio Aparecida com cobertura nacional e no estrangeiro, em aproximadamente 100 paises. www.radioaparecida.com.br/aparecidaOC

Ouça o Áudio da Coluna do Leo PY2MOK no Programa Encontro Dx

Arquivos de áudio: ouça as gravações das Colunas do LEO PY2MOK nos Programas Encontro Dx

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